O ano de 2024 trouxe mudanças significativas para o setor de energia solar, destacando-se a possibilidade de migração dos consumidores do Grupo A para o Mercado Livre de Energia.
A equipe da SOLZAP preparou rodadas de discussão entre especialistas multidisciplinares do setor solar fotovoltaico brasileiro, que frente à esta notícia, avaliou e organizou as opiniões sobre os potenciais impactos dessa abertura, especialmente para as empresas de médio e pequeno porte.
Cenário Atual: Oportunidade ou Ameaça?
Antes restrito a consumidores com demanda mínima de 500 kW, o Mercado Livre agora se estende a todos os clientes de alta e média tensão, desde que representados por um comercializador varejista. Isso levanta questões sobre a possibilidade de ameaça aos negócios de energia solar distribuída (GD Solar). No entanto, dados da Abraceel revelam que, até 2023, apenas 37 mil das 97 mil unidades consumidoras elegíveis optaram pela migração.
Desafios e Oportunidades para a GD Solar
Destacam-se os desafios enfrentados pelas empresas que consideram a mudança, com foco na falta de compreensão sobre o Mercado Livre e na complexidade dos processos envolvidos, enfatizando a necessidade de uma consultoria especializada para uma transição bem-sucedida.
Pontos de Atenção na Transição para o Mercado Livre:
1. Adaptações e Tempo: A migração demanda tempo, adaptações e intermediação para gestão do consumo.
2. Familiaridade com o Setor: Novos consumidores enfrentam dúvidas e inseguranças devido à falta de familiaridade com o setor elétrico.
3. Viabilidade Econômica: Cerca de 93 mil unidades consumidoras já beneficiadas pela GD Solar podem encontrar menor viabilidade econômica na mudança.
4. Segmento Voltado para Consumidores Intensivos: Consumidores mais intensivos em energia serão os primeiros, deixando de fora aqueles com menor demanda.
5. Complexidade do Mercado: Explicar oportunidades e regras a novos entrantes é um desafio.
6. Localização dos Clientes: Encontrar potenciais clientes, sem a clara troca de informação entre distribuidoras e comercializadoras, é difícil.
7. Barreiras de Portabilidade: Ainda existem desafios na portabilidade dos clientes para o mercado livre.
Dentro desse cenário, surgem múltiplas alternativas para os consumidores, permitindo a escolha entre diferentes modalidades. Tome, por exemplo, uma cadeia de supermercados que pode adotar a abordagem de consumidor livre em sua sede principal, enquanto suas unidades em baixa tensão, como escritórios, são abastecidas por Geração Distribuída (GD) solar.
Além disso, no Mercado Livre, um consumidor tem a oportunidade de se tornar um Autoprodutor de Energia (APE) ao investir na instalação de um sistema solar fotovoltaico.
Equilíbrio entre Mercado Livre e GD Solar:
Especialistas asseguram que a abertura do mercado livre não encerrará os negócios de GD Solar. Ambas as opções convergem para o propósito comum de fornecer energia de qualidade a custos mais baixos. Consumidores podem adotar ambas as modalidades para otimizar custos e eficiência energética.
Autoprodução no Mercado Livre com Energia Solar:
A autoprodução como uma oportunidade promissora para consumidores no Mercado Livre. A combinação de sistemas fotovoltaicos com a migração possibilita uma oferta conjunta de serviços por integradores e comercializadoras.
Conclusão: Perspectivas Positivas e Avaliação Cautelosa
Enquanto a abertura do Mercado Livre oferece novas oportunidades, há evidências que a GD Solar permaneça resiliente. A consultoria especializada é crucial para que empresas façam escolhas informadas, maximizando benefícios e minimizando desafios na transição energética.
Este conteúdo foi organizado e redacionado pela Equipe da SOLZAP, com base na análise de conteúdos veiculados em mídias oficiais do setor e na contribuição de especialistas em energia solar fotovoltaica de todo Brasil, que analisaram as perspectivas do setor no contexto da abertura do Mercado Livre de Energia em 2024 ao longo dos ultimos 3 meses de 2023.