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A Ascensão do Sol: Uma década de Geração Distribuída de Energia Solar no Brasil


Outro dia encontrei um documento interessantíssimo, relacionado a um projeto que participei há quase 3 anos atrás, onde o objetivo era o seguinte: construir um relato histórico sobre os 10 anos da Geração Distribuída de Energia Solar no Brasil. 


Ao que me cabia, como colaborador deste projeto, e que envolvia alguns parceiros com muito mais vivência na área (já que não tenho nem o diploma e nem a "categoria" para a função), minha atividade era estruturar o relato dos personagens desta história, usando o meu tempo, contatos e as ferramentas tecnológicas daquele momento (2021) para a construção fiel e detalhada do período, numa meta de relacionar as principais "figuras" por trás dessa história, relacionando na trama os profissionais , os fabricantes de equipamento, as Associações e Entidades correlatas - tanto as existentes como as que foram surgindo, bem como os principais acontecimentos que marcaram essa trajetória. Creio que a evolução do projeto, o clima entre os envolvidos e a experiência gerada foi riquíssima, mas, por motivos profissionais, deixei o projeto - com a esperança de retomá-lo um dia, caso oportuno. 


Como o desejo de documentar e publicar essa história permanece, e mesmo que num formato mais "enxuto", decidi me pautar pelo mesmo tema e arriscar descrevê-lo, com minhas palavras e com base nas referências que pesquisei, para quem não teve tal oportunidade possa se informar à respeito.


Mas antes de começar, vou contextualizar algumas coisas:


Então, o que raios é essa tal de Geração Distribuída de Energia?

Bem, é tipo quando você gera sua própria energia elétrica, só que em vez de fazer isso em algum lugar remoto, tipo no meio do nada, você faz pertinho de onde vai usar mesmo. No Brasil, a GD é oficialmente reconhecida desde aquele longínquo ano de 2004, segundo o Artigo 14º do Decreto Lei nº 5.163. Mas olha só como eles definiram isso na época:


"Ah, GD é quando você faz energia elétrica e coloca ela direto na rede do lugar onde você tá, saca? Só não vale fazer de hidrelétrica gigante com mais de 30 MW ou de termelétrica que gasta mais energia do que produz."


Tipos de GD? Tem de montão:

- Os que geram energia enquanto fazem outra coisa (co-geradores);

- Aqueles que aproveitam resíduos de processos pra fazer energia;

- Os que ficam de prontidão para emergências;

- E os que dão um gás nos momentos de pico.


E claro, tem os famosos painéis solares. O que faz a GD ser tão legal é que cada um pode produzir sua própria energia. Pra entender melhor, imagina uma usina hidrelétrica gigante, tipo Itaipu, e agora imagina os painéis solares no telhado de um condomínio. 


A hidrelétrica é gigante, tipo monstro, gerando 14.000 MW, e espalha energia por todo lado através de fios, estações e subestações. Já os painéis solares do condomínio geram menos, mas o suficiente pra deixar todas as casas cheias de luz. E o melhor: sem custo de produção praticamente nenhum.


Confira: 



Segundo a Aneel, a energia distribuída é como um "tiro certeiro" não só para quem mora na casa, mas também para os estabelecimentos comerciais e até prédios públicos. A grande sacada, além de fazer um agrado para o meio ambiente, é que a galera tá buscando uma forma mais em conta de lidar com a conta de luz.


Afinal, fazer a sua própria eletricidade é bem mais esperto do que ficar na dependência de uma empresa que tem que bancar todos os custos daquela geração grandona, né?


Dá uma olhada como essa energia distribuída é dividida entre os consumidores:



Feitas as devidas introduções, vamos aos principais MARCOS, em ordem cronológica e devidamente organizados à base de bons cafés ☕, que segue:


Bora contar a saga da energia solar no Brasil? 

É importante registrar que o 1º sistema fotovoltaico chegou beeeem antes de se pensar em Geração distribuída, em 1997, no campus central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , onde está instalado há 26 anos o primeiro sistema fotovoltaico do Brasil, trazido ao país pelo professor Ricardo Rüther.


Olha que relato TOP que ele fez: “Naquela época não era permitida a conexão de um gerador fotovoltaico na rede elétrica pública, mas conseguimos também o primeiro parecer de acesso do Brasil, por meio de uma autorização assinada pelo presidente da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), que é a distribuidora aqui de Florianópolis, porque lá em 1997 isso não era permitido. O presidente da empresa autorizou a universidade a conectar o sistema experimental de pesquisa na rede elétrica pública, o que foi um marco na época que também me consolidou como um pesquisador jovem na universidade”, conta o professor.


Muita água rolou neste meio tempo, até que em 2011 a coisa "tomou corpo", quando botaram pra funcionar a primeira usina solar do país - neste caso, um sistema GRANDE, que "distribuiria" a energia gerada pela rede elétrica existente até chegar na Carga (uma ou mais unidades consumidoras), configurando a "Geração Distribuída". Isso rolou lá em Tauá, no Ceará. E olha: essa idéia brilhante veio do Eike Batista, junto com a turma da MPX. Inicialmente, a usina tinha uma capacidade de 1 megawatt, só pra começar "de leve".


No ano seguinte, em 2012, a ANEEL soltou a Resolução Normativa 482, que basicamente liberou geral pra galera entrar no mundo da micro e minigeração distribuída de energia. Ou seja, cada um podia gerar sua própria energia renovável e ainda fazer uns créditos bacanas.


A partir daí, foi só festa! O pessoal começou a se ligar nas vantagens de ter seu próprio fornecimento de energia, principalmente com os painéis solares. Os custos foram diminuindo, as tarifas de energia elétrica aumentando, e a galera ficando mais preocupada com o meio ambiente e querendo segurança energética.


Daí veio o ProGD em 2015, incentivando ainda mais a parada toda. Em 2016, a ANEEL lançou a Resolução Normativa 687, que deu uma turbinada nas regras da 482, permitindo até gerar energia em condomínios, entre outras coisas.


E aí, em 2019, bateu o recorde com 1 gigawatt de potência instalada! Foi aí que o Brasil mostrou pra que veio, inaugurando a Usina Solar Pirapora em Minas Gerais, um monstro de 321 megawatts.


Mesmo com a pandemia em 2020, o setor solar continuou a todo vapor, crescendo horrores e botando mais de 3 gigawatts de potência instalada. O Brasil até entrou pro top 15 dos países com mais energia solar instalada!


E chegamos a 2021, com mais de 8,5 gigawatts de potência instalada, mais de meio milhão de casas felizes, mais de 300 mil empregos gerados, e uma bolada de 10 bilhões de reais economizados nas contas de luz. Brasilzão virando referência no mundo da energia solar, cravando um lugarzinho no top 10 global. 


Daí em diante, bastante coisa rolou... e como minha meta era relatar só a primeira década, essa é a minha "versão resumida" dessa história - com a devida "licença poética e descompromissada" - aos amigos Jornalistas, Historiadores e afins, que acompanharam o texto até aqui, e que porventura vivenciaram essa história, convido vocês para complementarem essa história, como puderem! Uma década de Geração Distribuída de energia solar no Brasil, uma história de sucesso, inovação e sustentabilidade, que ainda tem muito a evoluir e contribuir para o desenvolvimento de nosso país.



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